A sociedade contemporânea está obcecada com temas ligados ao meio-ambiente e aos cuidados com os animais. Na verdade, temos a tendência de considerar que o Planeta Terra está à nossa disposição e nos esquecemos que somos parte da Natureza que habitamos, e não usuários. As consequências desta armadilha da pobreza aparecem mais claramente em reações da própria Natureza, como os efeitos da mudança climática, mas que são apenas sintomas de um problema maior nosso.

O setor privado tem a vocação e a oportunidade de desempenhar um papel de liderança na agenda de promoção do desenvolvimento humano e, consequentemente, de construirmos um mundo mais humano. Mas, para isso, precisa rever e reposicionar suas estratégias de investimento social corporativo, pois é praticamente uma unanimidade que o “S” é o aspecto mais complexo da agenda ESG e, em consequência, muitas vezes relegado a um segundo plano. O “S” (Pessoas), precisa ser o prioritário e o mais urgente, porque entendemos que sem o desenvolvimento pleno das Pessoas o “E” e o “G” não se realizam de forma sustentável, apenas paliativa.

Neste painel vamos discutir juntos quais os principais elementos e comportamentos precisam ser revistos e aperfeiçoados para que os investimentos sociais das empresas gerem impacto sustentável e que contribuam para a redução das desigualdades de oportunidades e para o combate ao problema da armadilha da pobreza.